Andar sozinha na rua e não cruzar
o olhar com o de ninguém mata.
Sentar no parque para descansar e não ser abordado,
nem por um pedinte, mata.
Abrir a geladeira, fechar, abrir denovo, fechar, chorar, mata.
Entrar na livraria e não saber o que procurar mata.
Escrever cartas pra ninguém mata.
Cantar para si, sem nem mesmo abrir a boca, mata.
Pensar, fazer planos pra um só, mata.
Ir ao shopping com um amigo
e não ter o que conversar mata.
Resolver vários problemas por dia
e não ter com quem dividí-los mata.
Alcançar objetivos não tão objetivos
e não comemorar mata.
Conviver e não interferir mata.
Passear pela vida sem se fazer notar mata.
Não ser notado mata.
Solidão...
mata.
18 agosto, 2007
01 agosto, 2007
Cena 4
Aos poucos ela se aventurava.
Entre um rolamento e um avião,
Seus pais corujavam batendo palmas.
E ela fazia pose.
A ginástica lhe dava mais traços femininos,
Cheia de regras e posturas.
A menina sentia dor nos treinos,
Mas se amostrava com a flexibilidade que possuía.
Sorte ou azar daquele clube,
Não dedicou muito tempo ao esporte.
E com muitos membros torcidos,
Entre um rolamento e um avião,
Seus pais corujavam batendo palmas.
E ela fazia pose.
A ginástica lhe dava mais traços femininos,
Cheia de regras e posturas.
A menina sentia dor nos treinos,
Mas se amostrava com a flexibilidade que possuía.
Sorte ou azar daquele clube,
Não dedicou muito tempo ao esporte.
E com muitos membros torcidos,
Se despede levando ronchas e algumas medalhas para casa.
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